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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sobre como NÃO tratar um hóspede

O fim de ano está aí, e esta geralmente é uma época em que muita gente sai em viagem paa a casa de parentes, amigos ou afins. Justamente por isso resolví criar esse post. Ele retrata uma experiência nada agradável pela qual passei a algum tempo atrás.
Não sei quanto à vocês, mas eu sempre fui o tipo de pessoa um tanto quanto chata com o assunto visita. Primeiramente porquê eu sou da teoria que,para entrar dentro da minha casa, para ser chamado à um cafezinho na minha cozinha, o mínimo que eu tenho de ter por você é simpatia e um fiozinho de confiança. Não, minha casa não é melhor que a de ninguém, mas acho que, se é para você compartilhar dela comigo, a gente tem que ter um mínimo grau de cumplicidade, afinal de contas, a casa da gente é um ambiente totalmene íntimo, onde estão guardados todos os nossos gostos, nossas escolhas, nossa vida! Como vou fazer da minha casa uma "farra do boi" e sair enfiando dentro dela tudo que é gente que eu encontrar por aí?
O mesmo vale para quando a visita em questão sou eu. Não gosto de entrar na casa de ninguém que eu não tenha algum laço de amizade. Sei lá, não me sinto bem. Óbvio que isso já aconteceu em algumas ocasiões, mas se eu puder evitar, prefiro.
Contudo, AMO, simplesmente AMO receber visitas queridas (desde que a visita em questão esteja programada, é claro, porquê para mim não tem coisa mais chata que ter que receber alguém quando estou fazendo faxina, ou tentando dormir um pouco, ou com a casa de pernas pro ar, ou ainda, com a geladeira vazia) ficadica!!!
Logo, me considero uma boa anfitriã, mesmo com as visitas surpresas!! HEHEHE...
É a tal da minha teoria: Na minha casa, só entra quem REALMENTE é convidado, mas quando esse alguém eestá dentro dela, quero tratá-lo como rei!Não tem coisa melhor que ser elogiado pela sua hospitalidade!
E é exatamente aí que entra o 'causo' que quero dividir com vocês!! Obviamente, não citarei nomes e resumirei um bocado a história, mas ainda assim, dará para vocês sentirem o drama (Pausa dramática!!)
Há algum tempo atrás, recebí em minha casa um "pequeno grupo" de pessoas. Eu não os conhecia tão bem, mas como meu marido era amigo da galera, e eles foram um doce de bombocado comigo, acabaram dormindo aqui em casa por duas noites. Isso foi na época de um calor insuportável, um corre- corre danado para a gente cumprir a programação que ELES decidiram, o Maycon pegava o carro e levava a galera para conhecer um monte de pontos turístticos do Rio de Janeiro, as praias, a noitada, enfim... Nos desdobramos em mil, mas no fundo, eu estava empolgada com aquela maratona.Daí que ela chegou ao fim, e então veio a nossa promessa de nos hospedarmos na casa deles no ano seguinte(por insistência dos próprios).
Confesso que fiquei mega empolgada com a idéia, planejamos tudo nos mínimos detalhes, e quando chegou a época, fomos para a casa dessas pessoas.
Fui na idéia de ser muio bem recebida, afinal de contas, eu os recebí muito bem, não poderia esperar outro tipo de recepção. Infelizmente, não foi o que aconteceu.
Assim que chegamos, a recepção foi até calorosa, e eu, apeesar dee estar morrendo de tão sem graça, fui bem instalada num quarto gentilmente cedido para mim e para Maycon, não estava me sentindo muito à vontade, mas achei que logo desencanaria, afinal de contas, havia acabado de chegar. Que nada!! As gentilezas ficaram com preguiça e pararam por aí mesmo.
Logo no primeiro dia, acordei com uma falação... era a galera da casa brigando por um motivo que não me dizia respeito, mas acabei tomando consciência, porquê depois, pela tarde e noite afora, só se falava nisso. Cada hora um vinha se queixar do outro para mim. Queimação de filme total! E eu lá no meio, com cara de 'ué', sem tomar partido de ninguém, afinal de contas, eu é que não iria me meter em assunto pessoal dos outros.
O segundo dia seguiu com um festival de fofocas rolando pela casa... clima chato, pesado... daí veio a parte pior: A galera não soube beber, e numa dessas uma das pessoas acabou querendo me encher o saco e eu, como não fico calada, respondí de forma grosseira. Em outras palavras: Fui ignorante. Daí para o terceiro dia, foi só derrotas!
Ví os anfitriões da casa se trancando dentro do quarto para cochichar , quase com certeza de que o assunto em questão era eu,ouvi piadas sobre o valor que viria a conta de luz daquele mês, já que eu e meu marido estávamos lá, portanto o consumo seria maior( E quando eles ficaram na minha casa, porquê não pensaram nisso?), às vezes , eu estava com fome, e acabava pegando a comida na cara de pau, se não fizesse assim, dormia com fome, porquê eu não era convidada à jantar. Enfim, essas coisas...
Na noite do terceiro dia, estava a ponto de ter um treco! Não há coisa pior na face da terra do que ser mal recebido, sentir que tua presença não está agradando na casa das pessoas, não aguentava mais!!
Fui para a rua, liguei para minha mãe, disse que estava bem, mas ao final da ligação, acabei chorando, e muito, só queria sumir daquele lugar!
O Maycon veio a meu encontro, foi quando disse a ele: "-Se você não quiser ir embora amanhã, eu invento uma desculpa qualquer e meto o pé daqui sozinha!".
Mas, graças à Deus, ele também já estava com a tolerância no limite. Passamos a noite lá, e, no dia seguinte, bem cedinho, partimos.(Nunca fiquei tão feliz em acordar cedo).
Ao nos despedirmos, ouvi um pedido de regresso. Sorri, e pensei: "-Deus que me perdõe!"
Enfim... Poucas, mas muito poucas vezes na vida me sentí tão aliviada saindo de um lugar... Até o ar mudou, ficou mais leve, mais alegre...
Acho que a gente deve se preocupar, sim, com a imprenssão que vai causar nas pessoas... Devemos tratá-las com respeito, independentemente de sermos ou não os anfitriões da festa. Quem acha que está por cima da carne seca e se acha o rei do pedaço, geralmente só tem a perder... inclusive boas companhias.
Trate bem suas visitas para ser bem tratado. Afinal de contas, eles estão na sua casa, e são eles que ajudarão a fazer dela, um lar!
Feliz 2011!

1 comentários:

Lucy Vianna disse...

Uauuu! Como me identifiquei com essa história. A propósito, estou passando por um momento bem semelhante na casa da minha cunhada, e depois de chorar horrores (sozinha no quarto, claro) resolvi pesquisar se havia alguma pessoa no Planeta que tivesse passado pela mesma experiência dolorosa e encontro esse post. Obrigada por compartilhar sua história, me aliviou bastante. Não há nada mais doloroso do que ser mal tratada e humilhada gratuitamente ainda mais quando a gente não tem coragem de agir idem.

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